Residências







Residências Artísticas

Gloire, Maiker, Myria, Ninoska e Russel participaram, durante um mês, de oficinas no formato online coordenadas pelo ator/arte educador Alexandre Zampier e pela psicóloga Elaine Schmitt. Os encontros foram divididos em 4 temas:

1) "Descobrindo a criança”: O corpo adulto revive, de forma física e verbal, algumas das primeiras fases da infância. Descobrimos, todos juntos, brincadeiras e cantigas em árabe, crioulo haitiano, espanhol, francês e lingala. Ao voltar ao ser criança, se resgata elementos da cultura individual e da cultura coletiva, ambas muitas vezes fragmentadas pela experiência migratória.

2) “Expressão de quem eu fui/quem eu sou”: Através do gesto e da partitura corporal, os participantes se reconectaram com o jovem adulto que eram em seus países. Relembraram os espaços aos quais pertenceram e, mais uma vez, se confrontaram com a identidade reconfigurada pelo deslocamento forçado.

3) “O atravessar fronteiras e a adaptação no Brasil”: Todos os participantes revisitaram o processo de atravessar fronteiras e chegar ao Brasil. Ao relembrar suas trajetórias, ressignificaram vivências e se reencontraram consigo próprios.

4) “Olhar o porvir”: Aqui o exercício é de projeção. Os 5 participantes materializaram seus sonhos, bem como se conectaram com quem são hoje e o que desejam ser e o lugar onde desejam estar.

A quinta e última etapa da residência artística ocorreu presencialmente no espaço Campo das Artes. O encontro foi marcado por uma apresentação cênica da mostra dos processos realizados e contou ainda com o registro fotográfico e as filmagens para o livro.

Na segunda fase do projeto foram concluídas as residências de escrita criativa. Os encontros foram realizados individualmente com cada autor. Essa etapa foi conduzida por Carla Cursino e Bruna Ruano e, posteriormente, acompanhadas por tradutores da língua materna de cada participante.

Nas oficinas de escrita criativa, os autores resgataram os sentimentos surgidos durante as residências artísticas e escreveram sobre suas memórias, suas culturas, seus costumes, suas vivências mais íntimas e antigas. Reconfiguraram a identidade partida por meio da escrita, se conectando com quem foram em seus países de origem e com quem são agora, no Brasil.

Voltar ao topo